sábado, 6 de julho de 2013

Estudo de uma nova ferrovia para o Paraná é apresentado na Fiep

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Representantes de diversas entidades ligadas ao transporte, infraestrutura e meio ambiente do Paraná estiveram reunidos nesta sexta-feira (05), na sede do Sistema Fiep no Jardim Botânico, em Curitiba, para discutir sobre o projeto de uma nova ferrovia no Estado, que ligará as cidades de Maracajú (MS) e Paranaguá (PR). No encontro, foram apresentados detalhes do trecho entre o município da Lapa e o litoral do Estado.

O estudo preliminar do novo traçado da ferrovia foi apresentado pelo engenheiro da Progen, Paulo Henrique Torres. Segundo ele, foram elaborados sete possíveis caminhos e, a partir de um estudo, a equipe técnica que avaliou o projeto concluiu que o melhor trajeto para a linha ferroviária seria acompanhar a BR 277 ao sul, contornando os parques ambientais do Guaricana (a ser criado) e Saint-Hilaire/Lange, reduzindo a possibilidade de interferência no meio ambiente.  Segundo o engenheiro, a nova ferrovia entre os municípios da Lapa e Paranaguá terá uma extensão de 150 quilômetros.

O projeto apresentado contempla trilhos em bitola larga, que proporcionam uma maior capacidade de carga. Além disso, com o novo trajeto, o Paraná terá um ganho na rapidez da entrega de mercadorias. “O valor médio da velocidade dos vagões passará de 15km/h para 60km/h na serra”, disse João Artur Mohr, membro do conselho temático de Infraestrutura da Fiep . Segundo ele, as composições atuais são de 40 a 50 vagões, mas com a nova ferrovia estas composições terão uma média de 120 a 130 vagões.  Mohr disse ainda que em 2030 estão previstas a chegada de 80 milhões de toneladas de cargas no Porto de Paranaguá e para atender a essa demanda, é necessária a realização desta obra. “Atualmente a ferrovia atende a quantidade de 12 milhões de toneladas por ano”, complementou.

A especialista da ANTT, Rafaela Gomes Silva, disse que este é o momento das entidades unirem esforços para que essa obra aconteça. “É importante que a sociedade e entidades se envolvam em um projeto como esse e busquem uma melhor solução”, disse.

Para o assessor da empresa de planejamento e logística do Governo Federal (EPL), Bruno Rotta, a tecnologia atual pode ajudar no avanço dos estudos, projeto e obra da nova ferrovia. “A antiga estrada ferroviária foi construída em um período de cinco anos. É possível construir uma ferrovia com muito mais rapidez atualmente. Nossa produção cresce e a ferrovia não atende mais a demanda. Neste momento existe o apoio do Governo e de entidades ligadas ao meio ambiente para auxiliar no desenvolvimento de uma solução para o transporte no Estado”, afirmou.

O conselheiro do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Mauro Fortes Carneiro, também acredita que é necessária a união de esforços nesse momento para que se consiga atingir os objetivos. “Precisamos melhorar a logística em nosso país e para isso se faz necessário investir em infraestrutura. Sem ela, não temos logística”, destacou.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado do Paraná (Sicepot-PR), Sérgio Piccinelli, pediu a união de setores, para a evolução da obra. “Peço aqui uma união de todos para que seja possível, no menor tempo, a concretização desta importante iniciativa para o Paraná”, relatou.

Segundo o superintende do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jorge Augusto Callado, o Ibama também tem a expectativa de dar parecer favorável à ferrovia. “Se existir um bom estudo de qualidade técnica e ambiental, não existirá uma desaprovação. Os projetos não aprovados pelos órgãos do meio ambiente são aqueles que não apresentam um estudo de qualidade”.

Participaram também da reunião especialistas da área ambiental do Observatório de Conservação Costeira (OC2) que têm contribuído com a identificação de áreas de maior fragilidade ou relevância de biodiversidade. Estas contribuições têm ajudado os projetistas da Progen na definição da escolha do traçado que contemple os requisitos técnicos, econômicos e que traga o menor impacto ambiental possível.

O estudo apresentado estará disponível para tomada de subsídios no site da ANTT até o final de julho de 2013  e até o final do ano está previsto o lançamento do edital de licitação para empresas que desejem participar da construção da nova ferrovia.

A reunião para discutir sobre a ferrovia Maracajú (MS) – Paranaguá (PR)  foi promovida pelo Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Futuro 10 Paraná (FF10), e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Estiveram presentes no encontro representantes da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, da empresa de planejamento e logística do Governo Federal (EPL), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), do Instituto de Engenharia do Paraná, do Governo estadual e secretarias estaduais de Infraestrutura,  Logística, Meio Ambiente e Planejamento, além de representantes de órgãos e entidades ligados ao meio ambiente e demais entidades que compõem o Fórum Futuro 10 Paraná.


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