As chuvas que atingiram o município não foram o suficiente para segurar os manifestantes em casa. Estima-se que cerca de 1,8 mil pessoas tenham protestado contra o monopólio.
O segundo ato do movimento “Brasil, verá quem um filho teu não foge a luta” foi realizado ontem em Ponta Grossa e levou uma multidão às ruas de Ponta Grossa. Os manifestantes desceram à Avenida Vicente Machado e invadiram o Terminal Central. Na sequência, por volta das 20h15, eles subiram à Avenida Vicente Machado e desceram em direção à Câmara de Vereadores e à Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanharam o protesto. Não houve conflito entre manifestantes e policiais ou guardas municipais. Também não houve registros de feridos.
A chuva e o frio não espantaram dezenas de jovens que saíram às ruas de Ponta Grossa na noite de ontem. Eles se concentraram na Praça Barão de Guaraúna, Centro, percorreram a Avenida Vicente Machado e invadiram o Terminal de Transporte Coletivo, impedindo a entrada dos ônibus, que formaram filas nas ruas que dão acesso ao terminal e ocasionaram transtornos para quem utiliza o serviço, especialmente os trabalhadores que tiveram de ir para as suas casas a pé debaixo de chuva ou esperar horas até que os ônibus voltassem a circular.
A manifestação terminou na Câmara Municipal. O protesto foi pacífico e não houve confronto com a Polícia. A Autarquia Municipal de Trânsito (AMTT) também acompanhou o ato. Este foi o segundo dia de protestos na cidade.
O primeiro, na última segunda-feira, 17, reuniu centenas de pessoas. Entre os temas do protesto estão: o repúdio à rejeição da redução do número de vereadores; pela cassação da vereadora Ana Maria de Holleben (sem partido), acusada de forjar o próprio sequestro para não votar na eleição da Mesa Executiva da Câmara Municipal no último dia 1º de janeiro; contra o monopólio do transporte coletivo pela empresa concessionária Viação Campos Gerais (VCG), a corrupção, a PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional) que tira poderes de investigação do Ministério Público, entre outros.
Uma nova manifestação deve acontecer na próxima segunda-feira, 24, à noite, na Câmara Municipal, quando os vereadores votam o prosseguimento ou o arquivamento de uma Comissão Processante contra a vereadora Ana Maria. Os membros da Comissão recomendaram o arquivamento da denúncia. Manifestantes também saíram às ruas de Castro e Irati.
A continuidade dos movimentos nas ruas em todo o país reforça os argumentos de que a pauta de reivindicações é ampla e incluem, também, melhorias em diversas áreas, como a saúde e a educação. Apesar das reivindicações heterogêneas, os protestos dão recados claros à classe política e a ao Poder Público. Mais de 1,25 milhão de pessoas foram às ruas em mais de cem cidades em todo o país. Quase 200 pessoas foram detidas.
Uma pessoa morreu e diversas cidades registraram confrontos.
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