A tarifa de ônibus de Ponta Grossa poderia custar R$ 2,45. Essa é a conclusão de uma avaliação feita sobre a planilha de custos de 2012 da Viação Campos Gerais (VCG), disponível no site da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. A concessionária de transporte coletivo apontou custos de R$ 4,90 por quilômetro rodado, com todos os impostos cobrados, sendo que no ano são 1,2 milhões de quilômetros. Desse total o combustível representa R$ 0,75 por quilômetro. Com a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo governo do Estado, o combustível passa a custar R$ 0,66 por quilômetro rodado. Em contrapartida, o aumento de 10% na folha de pagamento elevou os custos por quilômetro rodado do motorista que passou de R$ 1,06 para R$ 1,17 e o cobrador passou a custar à empresa de R$ 0,58 para R$ 0,64, além do aumento também para pessoal de manutenção e supervisão. O aumento do vale-alimentação, que custava R$ 0,13 por quilômetro rodado, passar a custar R$ 0,19, com o aumento de R$ 120 para R$ 170 no benefício acertado com os funcionários da VCG após a greve. O abono salarial que será pago junto com o 13º dos funcionários não tem grande incidência na planilha, já que o custo por quilômetro rodado passa de R$ 0,231 para R$ 0,239. Por conta de tudo isso, o quilômetro rodado passa a custar à VCG de R$ 4,39 para R$ 4,79.
Porém, se forem reduzido os impostos federais PIS (Programas de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), além do Imposto Sobre Serviços (ISS), cobrado pelo Município, que a VCG teve isenção de 2% pela Prefeitura, a tarifa praticada deveria ser de R$ 2,53, após o cálculo com o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK).
Esses valores não consideram, ainda, a nova lei federal de desoneração da folha de pagamento de funcionários das empresas de transporte público, em que a empresa deixa de recolher 20% sobre os salários, em contrapartida recolhem 2% sobre o faturamento bruto, que da VCG chega a R$ 6,1 milhões. Ao mesmo tempo que passa a recolher cerca de R$ 122 mil a mais, a empresa economiza 20% na folha de pagamento, gasto que não é detalhado na planilha, porém projetado em cerca de R$ 3 milhões, incluindo 13º e férias que não são isentos. Com base nesses valores, levando em conta que a empresa tem 2,4 mil funcionários seria possível baixar, no mínimo, mais R$ 0,08 da tarifa, que resultaria em R$ 2,45.
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