Pois é… Luiz Inácio Apedeuta a Silva volta a descer o sarrafo em Dilma. Sempre, claro, por intermédio de assessores próximos, que conversam com jornalistas. Já aconteceu na semana passada, depois que a presidente anunciou que o governo defenderia uma Constituinte. Agora, de novo! Leiam trecho do que informa a Folha. Volto sem seguida.
A proposta de reduzir o número de ministérios, feita pela oposição e encampada pelo PMDB, já havia sido sugerida à presidente Dilma pelo ex-presidente Lula como uma medida para sinalizar austeridade num momento de turbulências na economia. Segundo a Folha apurou, Lula, em conversas com interlocutores, também disse que defendeu mudança nas principais áreas do governo, como articulação política e equipe econômica.
Dilma chegou a indicar, segundo petistas próximos a Lula, que iria analisar a possibilidade de mudar a equipe ministerial durante o recesso do Congresso, em julho. Só que o surgimento da onda de manifestações nas ruas fez a presidente mudar o foco de sua agenda e, segundo assessores, adiar as trocas. Recentemente, Lula queixou-se a interlocutores que a presidente é “teimosa” e não queria “fazer ajustes” no governo, considerados por ele necessários para reverter o clima de pessimismo na área econômica e política. Oficialmente, a assessoria de Lula diz que o ex-presidente não tratou desse tipo de assunto com Dilma, afirmando que “é atribuição da presidente definir ministério”. Informou ainda que o petista faz palestras no exterior.
(…)
Voltei
Eita! É mel na sopa. Lula está fazendo palestras na África, sei lá onde. Mas, como se sabe, hoje em dia, “longe é muito perto”, não? O Apedeuta tem um grupo muito restrito de porta-vozes. E ninguém abre o bico sem sua autorização. Vale dizer: o Babalorixá está na Operação Desestabiliza Dilma.
A última, agora, é que ele havia sugerido a ela que cortasse ministérios, mas, como disseram os tais assessores, o ex acha a sua sucessora muito “teimosa”. Pois é… Lula herdou 24 ministério de FHC. Deixou 37 no colo de Dilma. Ela ainda criou mais dois. O chefão petista teria defendido que ela reduzisse o gigante para 30 pastas.
Não sei se notam: num prazo de cinco dias, é a segunda vez que os assessores de Lula fazem chegar críticas do Demiurgo à presidente. Nesse caso, percebam, a sugestão que ele teria feito estaria mais afinada com as ruas. Afinal, anteontem, a presidente disse que não iria cortar gastos porque seria demagogia.
A operação é sutil, mas clara: Lula começa a dizer por aí que o vai mal na gestão da companheira nada tem a ver com o passado imediato — seria, enfim, tudo obra dela, de sua teimosia.
Por Reinaldo Azevedo
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