Com 81 m², a suíte presidencial do hotel Beverly Hills em Durban (África do Sul) estava de portas abertas para a presidente Dilma Rousseff na reunião dos Brics em março.
De tamanho equivalente a duas residências do principal programa habitacional do governo, o "Minha Casa, Minha Vida", a suíte foi considerada pequena demais pelos diplomatas do Itamaraty.
Diante das "reduzidas dimensões" da suíte com varanda "igualmente bastante acanhada", que seria paga pelo governo sul-africano, a comitiva optou pelo Hilton.
Mesmo com ajuda financeira dos anfitriões que bancaram parte das diárias de 5 dos 74 quartos reservados, US$ 94,1 mil saíram dos cofres públicos para custear a hospedagem, segundo revelam documentos do Itamaraty que, por determinação do governo federal, passarão a ser mantidos sob sigilo até o fim do mandato de Dilma.
A Folha teve acesso a correspondências que tratam de viagens internacionais de Dilma trocadas entre a diplomacia brasileira de Brasília e das embaixadas de países visitados pela presidente até abril.
Reclassificados como "reservados", os papéis mostram pedidos de reserva de hospedagem, veículos e equipamentos, detalham gastos da comitiva e trazem até roteiros turísticos em paradas técnicas previstas para descanso da equipe e reabastecimento do avião presidencial.
EXIGÊNCIAS
Os documentos revelam que a lista de exigências do Itamaraty às embaixadas é sempre grande: cerca de 17 veículos, incluindo um blindado para Dilma, furgão sem banco para equipamentos e caminhão-baú para a bagagem; uma média de 55 quartos em hotéis; material de escritório, além de telefone e internet para as cerca de 80 pessoas da comitiva oficial.
Fonte: FERNANDA ODILLA - Folha de S.Paulo
Corrente feminina folheada a ouro
Nenhum comentário:
Postar um comentário